terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Papo Malandro
Esse papo malandro que escuto de lá
Defendendo com o coração o lado de cá,
Doce desejo, tão puro e tão meigo,
Que pulsa o segredo do que deixei passar.
Me use de um jeito, de outro não serve.
Eu vejo o que acontece,
Me calo em acalanto,
Porque o doce desejo de volta ao peito me faz recitar.
Recitar à noite que vi passar no balanço de um beijo,
No pulsar de um desejo e na rapidez de um piscar.
Ê, balança a roda, pesa a vida, o momento se passa e sobra a ferida.
Ferida do roubo do beijo que vi passar,
Ferida do olhar que cruzas com o outro antes deu chegar!
Ferida do abraço apertado que dei todo calado
Ao por fim desprender-te de mim.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Não mais
Escrevi na pele este desejo meu, este inteiro desejo que me consome, cerca e domina como quem por uma vida inteira não tivesse aprendido mesmo com todos os tapas na cara que a vida deu e claro aquele tapa especial que só o amor consegue dar. Escrevi aqui toda a rotina do desejo interno que escondi de ti e hoje já não pertence mais a mim, ficou com os anos que passaram. Me sinto como alguém que tivesse que seguir em frente, alguém que está conseguindo construir outra vida, uma vida independente valorizada após cada gota de suor e machucado em cima de um salto de agrado à quem me via como desleixo completo competente. Eu vou surpreender sempre que duvidar , eu vou fazer sempre que eu quiser sobressair e provar o meu valor. Falei por músicas, por textos e versos perdidos e incompreendidos aos olhos teus. Falei por vozes de um texto digitado, voz embriagada e transmitida a ti por um aparelho criado por Graham Bell. Transmiti mais ondas psicológicas do que pensamentos sensatos que me fariam uma pessoa melhor. Me consumi, fui consumida, me deixei consumir.
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