Ela olhou para os lados com aquela expressão que só ela conseguia fazer e encaixou novamente seus fones de ouvidos sem dar importância a nada. Alguns interpretavam aquela atitude como nervosismo, outros como mal humor e alguns brincavam dizendo que era tpm mas, dentro dela estava acontecendo uma guerra. Só ela sabia de como aquela vontade de gritar a perturbava, e aquele nó fazia reflexo no corpo todo e a dor a consumia. O seu som fazia todos esses efeitos diminuírem, ela viajava com suas musicas e se esquecia de todos em sua volta, e isso dava tranqüilidade a ela. Já tinha algum tempo que ela havia se esgotado das pessoas, de suas mentiras e suas falsidades porem, algo ainda fazia ela não desistir. Ela se esgotou e desistiu, cansou de tudo e todos. Sem saber pra onde correr se refugiou em si mesma. A guerra estava cravada. Todos seus problemas, tormentos, magoas e decepções se acumularam e explodiu como uma bomba dentro de si. O estrago foi tão grande que abalou todas suas estruturas ate seu ponto mais forte. Ela sabia que daquela vez, ela realmente estava no fundo do poço e o pior, não havia ninguém para socorrer. O desespero tomou conta do seu ser, sua cabeça doeu por dias e sua expressão não mudou e sua voz se quer saiu. Ela estava abalada, exausta de resolver sempre as coisas, de ser forte o tempo todo. A ultima briga, foi o ápice para acabar com tudo. Ela foi chamada de árvore seca que não gera frutos. Ela que sempre mantinha o sorriso no rosto e tentava confortar a todos esquecendo muitas vezes dela mesmo, seria ela então uma arvore seca? Ela não sabia por onde se organizar, os dias corriam e só traziam mais decepções. A musica a embalou por semanas enquanto seus pensamentos iam se organizando e algo ia dizendo a ela "Pô, acorda menina. Dá a volta por cima. Seja forte. Seja você''. Os dias passaram, ela tirou o fone de ouvido e teve um choque. Imediatamente seus pés sentiram o chão firme novamente e ela respirou fundo sentindo aquela brisa tomar conta do seu corpo que já havia cicatrizado e ela teve certeza que havia mudado. Ela voltou a caminhar mais segura de si mesmo. Os outros agora a chamavam de anti-social, mas ela sabia que não era isolamento, era preguiça de se socializar com pessoas imbecis. A dor e sua experiência a transformou. Ela estava com novos pensamentos, novos olhares e novas expectativas. Ela zerou tudo em sua vida e começou novamente. Sim, ela zerou suas amizades, seus colegas, seus conhecidos, seus apoios e suas prioridades. Dai pra frente ela sabia que só ocuparia algum lugar em sua vida quem merecesse. Mesmo estando sem forças para lutar contra os filhos da puta que queriam a ver mal, ela continuo sorrindo de cabeça erguida. Ela estava confiando em si mesma de novo, se permitindo, porque ela sabia que podia muito, que merecia muito. Uma coisa ela aprendeu com tudo isso: A vida te muda, mesmo você não querendo. Ela te obriga a crescer, te obriga a mudar. Ela começou a ser melhor com ela mesmo, menos dura. Ela estava se recompondo aos poucos ainda, mas, havia dado o primeiro passo que era COMEÇAR! E dessa vez ela não conseguia se segurar e não gritar: "Que venham novos sorrisos. As novas histórias e novas pessoas!"
domingo, 16 de setembro de 2012
(Re)Começar
Ela olhou para os lados com aquela expressão que só ela conseguia fazer e encaixou novamente seus fones de ouvidos sem dar importância a nada. Alguns interpretavam aquela atitude como nervosismo, outros como mal humor e alguns brincavam dizendo que era tpm mas, dentro dela estava acontecendo uma guerra. Só ela sabia de como aquela vontade de gritar a perturbava, e aquele nó fazia reflexo no corpo todo e a dor a consumia. O seu som fazia todos esses efeitos diminuírem, ela viajava com suas musicas e se esquecia de todos em sua volta, e isso dava tranqüilidade a ela. Já tinha algum tempo que ela havia se esgotado das pessoas, de suas mentiras e suas falsidades porem, algo ainda fazia ela não desistir. Ela se esgotou e desistiu, cansou de tudo e todos. Sem saber pra onde correr se refugiou em si mesma. A guerra estava cravada. Todos seus problemas, tormentos, magoas e decepções se acumularam e explodiu como uma bomba dentro de si. O estrago foi tão grande que abalou todas suas estruturas ate seu ponto mais forte. Ela sabia que daquela vez, ela realmente estava no fundo do poço e o pior, não havia ninguém para socorrer. O desespero tomou conta do seu ser, sua cabeça doeu por dias e sua expressão não mudou e sua voz se quer saiu. Ela estava abalada, exausta de resolver sempre as coisas, de ser forte o tempo todo. A ultima briga, foi o ápice para acabar com tudo. Ela foi chamada de árvore seca que não gera frutos. Ela que sempre mantinha o sorriso no rosto e tentava confortar a todos esquecendo muitas vezes dela mesmo, seria ela então uma arvore seca? Ela não sabia por onde se organizar, os dias corriam e só traziam mais decepções. A musica a embalou por semanas enquanto seus pensamentos iam se organizando e algo ia dizendo a ela "Pô, acorda menina. Dá a volta por cima. Seja forte. Seja você''. Os dias passaram, ela tirou o fone de ouvido e teve um choque. Imediatamente seus pés sentiram o chão firme novamente e ela respirou fundo sentindo aquela brisa tomar conta do seu corpo que já havia cicatrizado e ela teve certeza que havia mudado. Ela voltou a caminhar mais segura de si mesmo. Os outros agora a chamavam de anti-social, mas ela sabia que não era isolamento, era preguiça de se socializar com pessoas imbecis. A dor e sua experiência a transformou. Ela estava com novos pensamentos, novos olhares e novas expectativas. Ela zerou tudo em sua vida e começou novamente. Sim, ela zerou suas amizades, seus colegas, seus conhecidos, seus apoios e suas prioridades. Dai pra frente ela sabia que só ocuparia algum lugar em sua vida quem merecesse. Mesmo estando sem forças para lutar contra os filhos da puta que queriam a ver mal, ela continuo sorrindo de cabeça erguida. Ela estava confiando em si mesma de novo, se permitindo, porque ela sabia que podia muito, que merecia muito. Uma coisa ela aprendeu com tudo isso: A vida te muda, mesmo você não querendo. Ela te obriga a crescer, te obriga a mudar. Ela começou a ser melhor com ela mesmo, menos dura. Ela estava se recompondo aos poucos ainda, mas, havia dado o primeiro passo que era COMEÇAR! E dessa vez ela não conseguia se segurar e não gritar: "Que venham novos sorrisos. As novas histórias e novas pessoas!"
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Shait
Eu não tenho motivos pra reclamar, mas mesmo assim o faço. Eu não tenho motivos pra lembrar dela, mas mesmo assim o faço. Tá tudo bem entende? E eu não sei lidar com isso. Sempre foi bagunçado, sempre quando algo estava bem tinha alguma coisa estragada. Eu não sei conviver com felicidade o tempo inteiro, eu simplesmente não consigo. Me irrita ser feliz o tempo inteiro, e isso não significa que eu queira sair pulando de janelas por ai. Eu consigo viver com o mais o menos. Entende agora que eu nunca fui melhor do que você? Entende agora que eu sou um pedaço de nada? Eu nunca movi uma palha pra tentar ser melhor do que você, e ao contrário disso, eu sempre me senti uma pedaço de nada perto de você. Você com sua beleza simétrica e olhos oblíquos, com sua delicadeza, maestria, boa vontade e educação. Entende agora o pedaço de nada que eu sou perto de você? Entende agora que todo mundo sempre gosta mais de você do que de mim? A única diferença é que eu não demonstro isso, eu supero. Porque eu acabei aprendendo entre umas e outras que vai ter sempre alguém melhor do que você pelo simples fato de você cogitar ser pior do que alguém. It's funny! A gente nunca consegue conviver com o melhor, tem sempre que estragar alguma coisa, eu mesma estou sempre quebrando algumas garrafas no lugar errado. Até agora estão inteiras, mas até quando? Até quando vou ter que suportar essa mediocridade de conceito infeliz feliz? Ter alguém não significa ter uma vida melhor, as vezes piora cem vezes mais. Ser feliz implica em muitas coisas, ser feliz o tempo inteiro não faz sentido. Mas eu tô bem, eu to tranquila.
sábado, 1 de setembro de 2012
Talvez ou De Repente
E de repente ela me vem, minha mãe abre a porta e diz: "Roupa escura pra lavar? Nossa, essa bagunça sua".
É, talvez a bagunça seja minha mesmo,
Talvez a confusão seja comigo e ao contrário do que eu digo
Eu nem goste de você.
Talvez a bagunça ultrapasse o quarto,
a vida e o consciente
A questão é: você consegue viver
com essa bagunça minha dentro da vida tua?
Você conseguiria, por gentileza, não bagunçar mais
Do que já está?
Ou talvez quem sabe, com sutileza me ajudar a arrumar?
Não adianta chamar a moça pra ajudar,
Essa bagunça toda é a gente quem tem que limpar
É a gente que tem que cuidar
Pra de repente não mofar
Pra de repente não se perder
Pra de repente se achar.
É, talvez a bagunça seja minha mesmo,
Talvez a confusão seja comigo e ao contrário do que eu digo
Eu nem goste de você.
Talvez a bagunça ultrapasse o quarto,
a vida e o consciente
A questão é: você consegue viver
com essa bagunça minha dentro da vida tua?
Você conseguiria, por gentileza, não bagunçar mais
Do que já está?
Ou talvez quem sabe, com sutileza me ajudar a arrumar?
Não adianta chamar a moça pra ajudar,
Essa bagunça toda é a gente quem tem que limpar
É a gente que tem que cuidar
Pra de repente não mofar
Pra de repente não se perder
Pra de repente se achar.
Primitivo
Mexeu, doeu de um jeito diferente, mas eu ja conhecia, eu já sabia, a gente já prevê as consequencias e diz que não vai acontecer de novo, mas claro que acontece. Sabe a hannunvaakuna? Pois é. O problema deve ser achar mesmo que tudo se baseia nas relaçoes afetivas quando na verdade tem tanta coisa pra se apreciar. As peculiaridades de repente são ampliadas e corriqueiras. Em um instante você se percebe em outro mundo alienado e cercado por uma pessoa só e não digo que isso é ruim, ao contrário, é tudo tão maravilhoso. Entretanto a gente esquece que temos instintos, que somos animais selvagens, livres e burros e que a evolução na verdade não aconteceu e ainda somos primitivos. Tão primitivos ao ponto de supervalorizar expectativas e deixar de lado as consequências. Tão primitivos ao ponto de sentirmos e demonstrarmos, sofrendo e amando. A verdade é que nesse peito bate calado uma vontade de você tão forte e tão sincera. E adivinha, descobri que também sou primitivo, mas que talvez ainda não saiba amar. É questão de acreditar e sentir, ambos abomináveis demais pra fragilidade das cicatrizes que carrego.
"Eu sei que é complicado amar tão devagarinho e eu também tenho tanto medo. Eu sei que o tempo anda difícil e a vida tropeçando, mas se a gente vai juntinho, vai bem (...) E eu me pergunto o que é que eu sou, vai ver eu não sou mesmo nada. E eu me pergunto o que é que eu fiz, vai ver eu não fiz mesmo nada. Eu penso tanto em desistir, mas afinal, não ganhei nada (...) Vê se olha direitinho pro nosso amor".
"Eu sei que é complicado amar tão devagarinho e eu também tenho tanto medo. Eu sei que o tempo anda difícil e a vida tropeçando, mas se a gente vai juntinho, vai bem (...) E eu me pergunto o que é que eu sou, vai ver eu não sou mesmo nada. E eu me pergunto o que é que eu fiz, vai ver eu não fiz mesmo nada. Eu penso tanto em desistir, mas afinal, não ganhei nada (...) Vê se olha direitinho pro nosso amor".
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