domingo, 15 de agosto de 2010

Dois Rios

Os rios secaram, já não podem mais chorar
Continuam enchentes invisíveis derrubando as cidades.
Seus Afluentes já não correm mais,
Deixaram de bombear o rio principal,
Ele já não tem força para sobreviver,
Morre aquele que precisa dele para viver.

Continua, o medo nos cerca.
Você ja quis perder alguém afogado em um rio seco?
Agora ele recupera sua força,
Se divide em dois lados,
Dois lados opostos correndo na mesma direção.

Se o peixe soubesse pra onde ir,
Não estaria parado no meio do caminho
Supondo o motivo de existir.

Você consegue sentir agora?
Você consegue coexistir agora?

O rio corre dentro de você sem que sinta,
Até que ele para e você se sente sem ar,
Incerto do momento certo de ir ou ficar.

Olhe para o céu, pense nas estrelas como estradas
Guiando o rio até chegar ao mar.

Como um rio, correndo sozinho
Em lados opostos para a mesma direção,
Voltando sempre para o mesmo lugar.

São dois rios, dois rios com o mesmo sentido,
Sem ser necessariamente o mesmo conteúdo.
São dois rios correndo dentro de você.

Um rio de sangue bombeando o seu coração,
Um rio de emoção dominando a sua razão!

Pud®

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