Adoro o jeito como ela sorri e se exalta ao não ser correspondida, adoro o jeito que ela olha pra mim, o jeito como suas mãos me tocam...Essas mesmas mãos que me confortam mesmo quando tudo parece estar em erupção, as palavras batidas dão o ar de mesmice, e ela? continua linda. E mesmo se dilacerasse meu peito e me tirasse todo o ar que ainda respiro, ainda sim seria linda e inconfundivelmente seria ela ... Adoro o jeito meigo que se esconde atrás de palavras indiferentes, o jeito sutil como encara as situações e a forma sensível de magoar ..Seria ela o carma que todos dizem que um dia vai te pegar e te deixar no chão? Morrendo, sem mais. E mesmo se fosse, morro a cada dia... Morro um pouco ao pensar que passo mais tempo planejando do que realizando, morro um pouco mais me martirizando pelo passado, e o presente? Será que aproveitar o presente não seria mais adequado? Pisar em falso e quebrar a cara não seria mais produtivo? Morro um pouco mais ao pensar que deixarei pedaços de mim a cada parte que vou não pretendendo voltar, ignorando os sentimentos existentes... Seria isso um martirio ou delírio? Seria isso uma cura? Uma fuga ou frustração? Enganar a mim mesma e mostrar quem sou através de outras faces... Eu que outrora irrelevante possivelmente agora esse mesmo eu esteja desejando mudar o curso das coisas, registrando momentos não vividos, ignorando passos não correspondidos ou simplesmente morrendo sem dor. Essa é a contemplação, morrer sem dor, talvez presa pelo prazer que me cerca nas coisas mais simples, ou talvez me tirando o que não preso por ter... E o meu tempo se esgota, o meu tempo continua correndo ou seria eu correndo contra o tempo?
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