Tem coisas sobre destino que eu ainda nao sei explicar. Apesar das festas e das poucas noites de sobriedade nos ultimos dias, lembro de uma em particular.Dois dias por semana, aquela foi uma das mais simples, mas so fez sentido quando, numa madrugada qualquer, um mes depois, liguei meu notebook em plena 3h30 da manha para assistir a um filme: "Dear John".
A noite a que me refiro aconteceu com planejamento. Havia duas semanas que eu resolverá esquecer algumas coisas. Nao conhecia mais nada nem ninguem, fora meus colegas de classe. Uma amiga veio de São Paulo e, juntas, passeamos por Goiânia. Eu estava sentada no banco de trás do carro e a cada nova livraria por qual passavamos, via anúncios sobre "Dear John" como uma das melhores estreias . Quer a verdade? Eu acabei pegando raiva do filme e do livro de tanta propaganda que vi. Mas, tem coisas sobre instinto que eu nao sei explicar. Porque a curiosidade pelo romance dramatico so bateu hoje, nessa madrugada do comeco do post, quando procurava alguma forma de me entreter pra amenizar minhas lembrancas atordoadas.
Nao sabia do que se tratava "Dear John", juro. Como eu disse, eu evitei tudo relacionado ao filme nesses ultimos meses. Mas a desestabilidade emocional rolou instantaneamente logo nos primeiros 30 minutos, quando as frases mais cliches invadiram minha tela...
"Two weeks together it's all it took. Two weeks for me to fall in love with you. Now we have one year apart. But what's one year apart after two weeks like that together?" - Savannah, de "Dear John".
Nao faca essa cara, leitor. Eu sei, ok? Eu sei que Savannah e John tem uma historia nada comum e um pouco Hollywood demais. Mas eu sei tambem que a minha historia nao e comum. Porque se fosse, teriam mais filmes sobre ela. Teria mais gente nesse mundo tentando explicar o por que acontece, o por que tem que ser do jeito que e. Na tela, uma explosao de imagens que explicam exatamente o que eu senti. Ou o que eu sinto - ainda nao sei se e passado ou presente. E lagrimas, lagrimas e mais lagrimas. Quando a coincidencia é tanta, a gente sente um sufoco no peito, quer gritar, quer amaldicoar. Ou as vezes só quer chorar, quietinha, encolhida na cama. As vezes e a melhor alternativa. Foi exatamente como "Dear John". Foi exatamente daquele jeito. Aquelas duas semanas. E agora eu tenho como explicar. "Foi como em Dear John", direi. Porque as frases "eu estou morrendo. Vou sentir sua falta. Esta quase no final" fazem todo sentido pra mim. Ah, aquelas duas semanas!
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