"Quem foi que disse que a vida é uma competição? A mídia? Daqui a pouco é marido contra mulher, irmão contra irmão e por aí vai. [...] A minha pobreza é a minha riqueza, sabe? E nessa sociedade competitiva, a minha derrota é a minha vitória". (Eduardo Marinho)
quinta-feira, 30 de junho de 2011
SOS, sós.
O último trago do cigarro é como ver o pôr do sol sozinho: quente, extasiante, mas numa súbita sinestesia tudo se torna tão contraditório, um paradoxo tão frio como a solidão que nos assola, gélido demais, a gente morde o beiço por não saber mais o que fazer, rangendo os dentes para enfim surgir aquele sorriso de lado, amarelo, meio sem jeito como uma voz dissonante desafinando toda a canção que a gente se esforça pra fazer com o ardor de uma boa companhia. No entanto, a gente cai na real e se toca que só uma pessoa é capaz de nos manter aquecido e, quando essa está longe, é pungente pensar que estamos sós. Tolos são os que pensam que a saudade serve para transformar qualquer coisa numa perfeição total. Eu prefiro infinitas vezes sofrer toda essa agonia com meu amor ao lado, pelo menos eu teria um ombro pra me apoiar e, agradecida, chorar até perceber o que realmente me faz bem.
Arritmia cardíaca cerebral
Com algumas palavras venho a ti de maneira sutil e totalmente despercebida. Anseio não querer causar tanto espanto e desconforto e climas tensos, anseio estar em paz e com seu sorriso e isso as vezes soa errado, quer dizer, muita gente julga e isso acaba pertubando o meu senso, meu juízo. E nessas horas eu lembro dos momentos, pequenos momentos que tivemos, como aquele dia em que fugimos pra longe dos olhares, buscando um pouco de desejo privado... Ou então o dia em que me refugiei em teu abraço e se afastou de repente pensando ter visto alguém que entenderia mal a cena. Fora as outras tantas vezes em que os abraços completavam o meu dia e os sorriso completavam a minha memória, hoje sobrevivente de uma guerra de sentimentos e confusões adolescentes. Essa memória que perdi junto com você e recuperei com o tempo junto com o desejo de me reerguer e mudar. Eu te vejo de longe, tão longe que meu coração não pode senti-lá, tão longe que meus braços não podem toca-lá, tão longe que o único jeito de conseguir você mais perto é sonhando. Engraçado! Não sei exatamente o que, mas é engraçado, toda a situação; Como todos dizem que é bobeira essa distancia toda e que é errado e não devia ser assim. Eu pensava assim nos primeiros meses longe, hoje eu já não sei. Não sei se seria melhor ao teu lado, não sei se conseguiria ter evoluido tanto se isso não tivesse acontecido. Entenda, tenho medo de voltar ao tempo sombrio cujo meu eu era obscuro e perdido mesmo tendo encontrado você. E mais uma vez estamos longe, distantes e fora do eixo. Nos trilham caminhos, você sabia disso? As pessoas realmente me dizem que eu a amo e é bobeira estar tão longe, mas acho isso engraçado. São palavras na minha boca, esse amor que na verdade implantaram na minha cabeça, essa fixação, maldita fixação! Tenho medo de sentir sua falta apenas por essa fixação implantada e por outro lado tenho medo de sentir sua falta porque talvez eu ainda sinta algo. E cada palavra sua se torna uma incógnita, tento achar um outro lado, tento encontrar alguma esperança através de palavras jogadas em uma conversa de msn qualquer. Me convenço que eu apenas quero a amizade, e que era tudo que me fazia falta, mas no calar da noite eu me lembro do abraço que não tive, ou a tirada que não tive, ou o sorriso bobo e as piadas que não estiveram presente e é nesse momento que eu paro pra pensar na esperança e procuro louca por um segundo sentido de teus comprimentos e palavras. No fundo eu sei que você precisa de alguem que te queira e eu te quero. Só falta você aceitar isso ou então o palpitar que sinto do lado esquerdo do peito esteja de fato enganado e não passa de uma arritmia qualquer.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Mal feito
Eu ainda vou rir disso
Dessa falta de sorte
Dessa angústia
Desse sofrimento
Desse tormento
Essa dor tremenda
Falta de sorte horrenda
Eu ainda vou rir de tudo isso
Vou chorar de alegria
Tanta dor eu vou sentir,
Tudo de tanto rir
Dessa tremenda agonia
Não é por que hoje tá ruim
Que agora vou desistir
Há eu vou é rir, quando tudo isso passar
Já posso rir só de imaginar as gargalhadas que eu vou dar
E não venha me dizer que isso não é passageiro
Porque eu tenho na minha bagagem a felicidade e
Carrego pra onde eu for
Mostro pra tudo quanto é dor
Quenão tem melhor doutor, você não vai imaginar
Eu vou rir do tropeção
Vou rir do palavrão
E da careta que meu pai fazia, quando me dizia não
Vou rir da cachorra
Que queria me pegar
Do emprego que ainda não arrumei
Daquele dia quando a calça rasgou
Do prego que eu coloquei na chinela
Há, mas eu vou rir dessa miséria
Época que eu sabia aproveitar
Eu vou rir do sorriso da minha avó
Que ria da minha cara de zangada
Eu meio que abestalhada
Não sabia o que falar
Minha avó ria
E eu menina besta
Querendo fazê-la chorar
Mas eu vou rir de tudo isso
É só o tempo passar
Pra esquecer tudo
E começar a me lembrar
Que nem naquela vez ,
A menina me chamou de “cabido”
E eu nunca mais vi ninguém
Essa bendita palavra usar
Eu feito besta botando gosto ruim pela boca
Mal sabia que o tempo,
Que todas as dores carrega
A minha também ia levar
E não é só o tempo que passa
É tudo
E se não passou ainda
É por que vai passar
As dores
O medo
A época de solteira
O tempo de casar
Só não passou ainda
Nem eu quero que passe
O Tempo de sorrir e de se alegrar
Dessa falta de sorte
Dessa angústia
Desse sofrimento
Desse tormento
Essa dor tremenda
Falta de sorte horrenda
Eu ainda vou rir de tudo isso
Vou chorar de alegria
Tanta dor eu vou sentir,
Tudo de tanto rir
Dessa tremenda agonia
Não é por que hoje tá ruim
Que agora vou desistir
Há eu vou é rir, quando tudo isso passar
Já posso rir só de imaginar as gargalhadas que eu vou dar
E não venha me dizer que isso não é passageiro
Porque eu tenho na minha bagagem a felicidade e
Carrego pra onde eu for
Mostro pra tudo quanto é dor
Quenão tem melhor doutor, você não vai imaginar
Eu vou rir do tropeção
Vou rir do palavrão
E da careta que meu pai fazia, quando me dizia não
Vou rir da cachorra
Que queria me pegar
Do emprego que ainda não arrumei
Daquele dia quando a calça rasgou
Do prego que eu coloquei na chinela
Há, mas eu vou rir dessa miséria
Época que eu sabia aproveitar
Eu vou rir do sorriso da minha avó
Que ria da minha cara de zangada
Eu meio que abestalhada
Não sabia o que falar
Minha avó ria
E eu menina besta
Querendo fazê-la chorar
Mas eu vou rir de tudo isso
É só o tempo passar
Pra esquecer tudo
E começar a me lembrar
Que nem naquela vez ,
A menina me chamou de “cabido”
E eu nunca mais vi ninguém
Essa bendita palavra usar
Eu feito besta botando gosto ruim pela boca
Mal sabia que o tempo,
Que todas as dores carrega
A minha também ia levar
E não é só o tempo que passa
É tudo
E se não passou ainda
É por que vai passar
As dores
O medo
A época de solteira
O tempo de casar
Só não passou ainda
Nem eu quero que passe
O Tempo de sorrir e de se alegrar
terça-feira, 21 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Você Foi
Alguém por quem eu me contive nos momentos que eu deveria ter sido mais presente, alguém por quem eu realmente gostaria de ter lutado, mas que não era o momento certo nem você parecia ser a pessoa certa, naquele momento, pra mim. Você foi bonita, meiga, sincera, despretenciosa e gentil nos mais variados dias que recusei a me doar! Foi talvez a mais doce e inocente dentre as que passaram por mim até hoje, a mais meiga, a mais compreensiva e que só precisava de um ombro para se apoiar e que infelizmente achou o meu no momento errado. Eu fui gananciosa, pretensiosa, foi anseio demais para poucos sentimentos. Fui exagerada, simplista, egoísta e eu simplesmente não liguei pro que você queria de mim e talvez por isso me enganei ao pensar que fosse passageiro! Eu sumi sem mais nem menos, desapareci e reapareci com outra pessoa tatuada em meu peito. Canalha, infantil, ganânciosa, pode dizer, eu sei que eu fui! Mas por mais que eu admita que fiz isso tudo, tenho que admitir também que foi um erro inocente e de uma pessoa desacostumada a ter sentimentos e que quando o achou foi obrigada a largar de tudo para correr atrás de outra pessoa e a largar-te imaturamente. Eu sei que todos dizem que damos valor quando perdemos e talvez seja verdade, mas talvez eu só esteja sentindo falta nesse momento por todos me falarem tanto de você a todo instante, isso me instiga. Istiga a saudade adormecida! Mas tenho que ser franca, aquela garota meiga, bonita, gentil e preocupada comigo se afogou num copo de vodka barata e evaporou com a fumaça de um malboro qualquer! Perdeu o porte com uma tesoura de um salão qualquer e entre todos esses qualqueres você perdeu a sua essência. Mascarou o que realmente é para dar lugar a alguém influenciável e desapegada numa tentativa de obter, talvez, reconhecimento. Você foi aquela que mais me arrependi de ter deixado ao léu, aquela que mais despertei sentimentos aleatórios e é hoje a pessoa que mais me repele com atitudes desnecessárias. Vejo em você meu fantasma passado, aquele mesmo por quem você se apaixonou e imagino que por não ter aquele fantasma você decidiu ser o mesmo! Hoje eu sou quem no momento eu quero ser e sem rótulos, sem exageros e declinios instantâneos! Sou talvez o que você era! É, talvez tenhamos trocado os papeis dessa encenação, talvez seja isso ou talvez não! Eu assumo, sinto falta e mereço senti-la já que desperdicei o que você tinha para me dar. Mas eu apenas sinto falta do que fostes.
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