quinta-feira, 7 de julho de 2011
Procura-se
Eu quero alguém que me chame para ir ao cinema, ao teatro ou até mesmo me convide para ficar em casa e ver algum filme ao invés de me chamar para festas fodas e drinks maravilhosos. Alguém que note os pequenos detalhes, que não esteja de ressaca no dia seguinte ou que aprecie boa música sem ter que se dedicar totalmente ao estilo. Alguém que queira estar certo na maioria das vezes ou falar coisas legais o tempo todo, mas que no fundo saiba que apenas 40% do que diz é verdade e não esconda este fato. Essa pessoa pode vir acompanhada de um sorriso, não precisa ser perfeito nem brancos demais, apenas que demonstre felicidade espontânea. Alguém que tenha abraços confortáveis para horas difíceis e que me encha o saco com os problemas dela, mas que respeite os meus momentos "autistas". Alguém legal, que saiba socializar e também goste de uma boa festa, mas que saiba valorizar o companheirismo ao invés de status ou coisas do tipo. Essa pessoa pode estar jogada em um canto de uma quitinete ou numa mansão, eu não ligo, porém que tenha senso e modestia e leve a vida a sério o suficiente para saber ser responsável sempre que precisar. Eu quero e acima do querer eu preciso de alguém que não julgue tanto, mas que cobre o suficiente para que eu saiba que estou sendo o melhor que eu posso ser. Quero alguém que me dê broncas de vez em quando e me mande dormir cedo, porque dormir tarde vai me prejudicar no dia seguinte. Alguém sem pretensão, sem paixão demais, sem romances exarcebados ou "platonicidade" demais, alguém realista, mas que saiba ser sensível no momento certo. Eu não faço destinção de sexo, até porque não exijo uma pretensão específica. Pode ser um(a) amigo(a), um(a) namorado(a), um(a) cunhado(a) ou até mesmo o/a porteiro(a) do meu prédio, eu não ligo. Alguém que compartilhe as idiotices da vida, que não leve tudo a sério demais e não ache situações "desconfortáveis" tensas porque afinal a convivência supera o desconfortável. Que seja responsável mas menos preocupado com as coisas. Que tenha o seu lado e não aceite mudá-lo facilmente e que mantenha os segredos que achar que deve manter, mas que deixe o lado bom prevalecer nas atitudes. Como eu disse, alguem que sorria, mas que chore também e peça por proteção em algum momento, que me faça sentir útil ou inútil, mas me faça sentir algo. Alguém por quem todos olham, mas pouco saibam o que realmente se passa atrás das máscaras. Alguém que me ofereça um chocolate quente ao invés de um copo de cerveja, ou um pirulito ao invés de um cigarro ou até mesmo balas ao invés de drogas. Alguém consciente, mas que saiba que o tempo de ser inconsciente é agora e deixe passar algumas coisas. Quero aquele(a) que valorize o passado, presente e futuro e me traga ao presente sempre que eu me prender a algum tempo diferente. Alguém que eu saiba que não vou ter todos os momentos da minha vida, mas que nos mais bobos ele(a) esteja lá. Alguém que saiba que o sempre tem prazo e que o amor são apenas quatro letras e que o signicado dos sentimentos não são iguais para todos os casos então não os rotule. Quero alguém com algumas dessas características e que esses não sejam familiares e que de preferência não se encaixem na mesma situação do eu lírico.
sábado, 2 de julho de 2011
Romeu e Julieta
Certa vez conheci um cara, idiota e apaixonado por sinal, e ele soava bobo a cada palavra que dizia. Sempre com suas músicas próprias, cantando por ai, fazendo serenatas para quem quisesse ver, quem quisesse ouvir. A cada encontro aleatório pela rua esse cara dizia "Eu e você, que tal?", meio sem pretensão nenhuma de chegar realmente a algum lugar, talvez esperando assim encontrar a sua Julieta. E de fato ele havia encontrado! Nem alta, nem baixa, bonita, doce, extressada, cabelos médios e castanhos, sorriso delicado e bonito, e olhos arrebatadores e confusos. Mas um porém, ela tinha alguém e esse cara, Romeu, insistia em lhe fazer serenatas aleatórias. Ele tentou, conseguio, jogou dados de jogos de sorte, mas não contava com o porém de perder seu coração num jogo que parecia ter tudo para dar certo. Talvez tenha sido apenas a hora errada, talvez a canção do filme que ele viu não tenha sido a certa para cantar naquela noite ou então fosse simplesmente a hora errada. Era um sonhador, eterno sonhador, andando por ruas turvas, sujas e malvadas. Mas dentre toda a podridão de ruas vergonhosas existia sempre um sonho, esse sonho que não era dele, eram de todos, talvez de Julieta. Ele apenas sonhava, por ele e por ela. E o engraçado é perceber que esse jogo de cartas de copas não passava de um acordo, Romeu era apenas um acordo, foi apenas aquele que ela achou enquanto se recuperava de ter perdido seu outro alguém. E ele dizia, gritava que a amava como as estrelas no céu, e amaria até morrer e que sempre existirá um lugar só para eles, mas ele é tolo, não consegue fazer uma canção de amor direito, sem ser clichê.Tudo o que ele fazia era sentir falta de Julieta e o jeito que costumavam ser, mantinha o ritmo e as más companhias e a beijava pelas barras de uma rima clichê. E um Romeu apaixonado cantava serenatas para a rua, acalmando todo mundo com uma canção de amor que ele fez. Encontrando uma luz conveniente, saindo da sombra e dizendo algo como "Eu e você querida, o que você acha?". Atordoado e apaixonado Romeu.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Getting Over
Você já se prendeu tanto em um sorriso ao ponto de não conseguir recomeçar após o sorriso se fechar para você? Já tentou evitar a pessoa que mais aparece no seu pensamento? Já ficou tão confuso ao ponto de querer desistir de tudo isso e mandar essa pessoa se fuder? Poisé, são os passos para pensar em recomeçar. Talvez os mais difíceis e que ninguém tenha vontade de encarar. O esquisito é pensar em estar com alguém tendo tantos problemas seus para resolver. O problema é que não sei , não tenho a mínima idéia de como proceder para recomeçar, e olha que eu venho tentando a pelo menos dez meses, longos meses a propósito. E enquanto estou com quem eu acredito amar, o que diga-se de passagem soa muito hipócrita da minha parte, o pensamento voa à um lugar que eu não faço a menor idéia de onde seja, mas tenho certeza que nenhum desses pensamentos passam pelo amor atual. Eu posso escutar todas as músicas possíveis, e passar madrugadas ouvindo The Killers e cantando pro vizinho "you and me baby, how about it?", que eu não vou seguir me livrar disso, isso que eu penso ser algum sentimento sem nexo e futuro. Eu não consigo entender por que essa vontade de pronunciar tanto o teu nome em conversas que não tem nada a ver com você e com amigos que nem lhe conhecem. Essa coisa involuntária de te chamar em pensamentos e achando que você um dia vai conseguir ler esses supostos pensamentos que não consigo lhe dizer. Eu te evito, evito em pensamentos e a medida que posso evito a pronuncia desse seu maldito nome, mas é involuntário, essa coisa, esse sentimento é subconsciente. Burro né esse meu subconsciente. Preciso de um grilo falante igual o do Pinóquio. Você pode dizer o que quiser, esse subconsciente é persistente, mesmo eu dizendo não.
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