segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ah, se tu soubesse!

Tu ficas vagando a mercer de olhos contemplados com paixão

Deliciando-te ao ouvir uma música e pensar o quanto seria mais

Interessante se a dedicasse a alguém numa noite cuja

Lua se faz tão presente em nossa janela, janela da alma

Hoje fechada por uma pálpebra qualquer.


Mas essa dedicatória viria cheia de complicações e significados,

Coisas que não queremos nos dedicar de peito cheio.

Com mãos atadas advindo do caso passada, não ha nada que

Eu te diga que não contenha significado, mesmo que eu lhe diga

Totalmente o contrário de um amor atordoado.


Vale a pena ter um aliado quando quer colocar significado

No imenso pudor de amar alguém que não se conhece.

Vem sempre a me pedir abraços e eu sempre a afastá-los

Como quem não quer mais se envolver com acasos.


E nessa hora da manhã em que fico aqui deitado,

Com a alma aberta a novos pecados, te vejo de tão longe

Que os olhos suspeitam da agonia de querer tê-la mais perto.


Ah, se tu soubesses do suspiro que dou calado,

Atordoado pela presença tua.

Se soubesse que esqueço da outra pra lembrar de ti.

Ah, se tu soubesse!

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