(Acho que aquela parte de mim que palpita mais forte em passos errados voltou e eu não sei o que fazer. Eu não sei o que sentir, de repente ficou tudo escuro, de repente a janela trouxe um vento mais forte e convidativo. De repente o travesseiro me trouxe você e de repente me tirou de volta me lembrando da perda tua e consequentemente do sorriso meu.)
- Eu não sei, eu só não sinto nada e ao mesmo tempo eu quero e luto para sentir algo.
(Eu quero aquela parte de volta, mas eu quero com você. De repente eu voltei no tempo e tudo parece do mesmo jeito, de repente eu parei no tempo e nos teus trejeitos. O coração aperta e o travesseiro não é fundo o suficiente, eu vou me afogar, alguém tirou meu ar, pode ser a asma, mas também pode ser você. É isso, você voltou? Veio me assombrar pelo meu lobo frontal? Era tolice pensar que tinha ido embora, não era?)
-Boba!
(Eu quero dormir, tira essa água salgada daqui, por acaso você trouxe o mar com você? Porque insiste em barrar a minha tentativa frustrada de auto suficiência? Ela já não é frustrante o suficiente pra eventualmente se espatifar sozinha no meio do caminho? Tem alguma coisa aqui, tem algo querendo sair ou entrar, tem algo que eu não sei definir. Eu enganei algumas pessoas por algum tempo, eu me enganei por mais um outro tempo, eu não precisava de ninguém não é? É isso?)
- Eu sei, deu errado, mas não pode dar certo pra todo mundo, não é?
(Por favor, me leva com você, me tira dessa estufa, eu estou morrendo, a água está transbordando e eu tenho mais do que eu preciso pra
- É só sobre viver.
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